sábado, 4 de outubro de 2008

Recado

Escrevi um recado
que coloquei na janela.
Sem garrafa nem bota,
apenas sobre ela.

Esperei a chuva,
para que o molhasse,
e o vento,
para que o carregasse.

O mais longe possível,
por entre prédios, avenidas,
carros, becos, entre
as ruas sem saída.

Mas chuva não veio.
Vento não levou.
Foi você – meu anjo ardente –
quem o pegou.

Ah... riso que me invade.
Justo ele? Que divino saber...
Quem nada lê, relê
meu único recado – para saber...

Nenhum comentário: