quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

De repente...

O cabelo seca sozinho.
Os pés dispensam as meias - sapatos e tênis.
O corpo vira preguiça.
A água é urgente.
O pijama encurta.
O cobertor sai de cena.
O lençol é leve - cobre com sua transparência um corpo nu, que apenas não quer se sentir só.
A salada é o prato esperado.
A fruta é o pecado - a sobremesa.
As ruas te chamam.
O carro é esquecido.
O dia é longo.
A pele fica saudável.
O ar vira paixão.
De repente estamos felizes.
Livres, desimpedidos de caminhar.
Queremos dançar, nos molhar.
De repente estamos lá.
Não é ele quem chega, somos nós que - sem percebemos - nos tornamos ele.
10 dias mesmo antes dele chegar.

Um comentário:

Carou disse...

Também fiquei surpresa com o seu blog, muié!
Bem poética você!
Adorei!!

Ta linkada já!
Um beeeijo!