segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Bola fora

Chegou às pressas
mais uma vez,
o trânsito tonto
por ela se desfez.

“Dá tempo para um banho?
Rápido me apronto!”

19h30; 20 horas
20h30; que demora...

Tempo para pentear,
trocar de roupa,
se enfeitar,
ficar toda – toda,
tempo de sobra
para enjoar.

Se soubesse quanto vale
todo esse tempo...

Valor não dá,
o tempo da menina
a gente pode gastar,
basta jogar no ar.
O que ela faz?
NADA.
Não vale a pena
não deixá-la a esperar.

Do 13º
um quarto se apagou.
A menina chorou
e seguiu sola
a te esperar.

Bola fora menino igual a essa não há.

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