domingo, 6 de julho de 2008

Cafezinho

Bem distante havia uma casinha. Era tão longe quanto linda. No caminho tantas pedras, o caminhar doía! Então João carregava Maria. Na chegada já sentia-se o cheiro, a cada passo ele ia se tornando mais forte. O calor do fogão à lenha preenchia o ambiente e a viagem valia a pena, pois o café da Dona Hilda já jazia na chaleira. Era tudo tão charmoso. O café, o açúcar mascavo, as histórias... E só isso ainda era pouco. Havia a cidade. Um vilarejo rodeava a casinha. Eram tantas cores, sempre acompanhadas da branca! E havia a maresia, a melodia, os poemas de Drummond, a nostalgia. A cada passo se cruzava com um livro, uma música e um amor. Ainda era possível ver o mar, se banhar e voltar, para mais um cafezinho. Ah, que casinha.

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