quarta-feira, 27 de agosto de 2008

À procura

Todo dia ela saía à procura de um amor. Sorridente, de vestido e sapatilha, bonita ela saia, sempre para o seu futuro amor. Que azar a menina tinha, dia após dia, anos seguidos buscava, caçava e voltava sem nenhum amor. Pobre da moça... sonhava acordada. Se enfeitava toda noite, mas só o sol a despertava. Eis que um dia a moça tropeçou, caiu na poça e muito xingou! Praga a todos rogou, inclusive ao seu sonhado amor! Moça fechada, não sorriu um só segundo, mas nesse dia – toda molhada – foi que a moça o encontrou. Seu ódio o amor atraiu, mas pobre da moça, não era amor mas paixão que surgiu. Que moço descuidado, a vida da moça invadiu. No único dia sem preparo, seu coração foi tomado e a pobre sem saber, deu de tudo, fez de tudo. Mas era paixão, e esta... como sabemos... Passado os dias contados, a chama apagou. A moça desencantou, não mais prestou. O moço partiu e a arranhou. Hoje a moça segue - saindo sozinha - toda noite à procura de uma paixão.
Toda noite ela saía à procura de uma paixão...

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